MOÇÃO
Considerando:
Que o Vale da Terrugem era até aos anos setenta do século passado, um vale produtivo, onde coexistiam os palacetes da Quinta da Terrugem e da Quinta dos Castelos (hoje desaparecido) com as casas humildes, de tradição saloia (de que subsistem vestígios no antigo lugar da Terrugem);
Que, a juntar ao património edificado da actual Quinta da Terrugem, também conhecida por Flor da Murta, deve ser tido em consideração o importante aqueduto que ainda alimenta de água a Quinta da Terrugem;
Que do desenvolvimento urbanístico ocorrido se salientam os bairros da Terrugem de baixo, com as suas torres características, os bairros da cooperativas CHELAG e CHEPA (classificados como Área Plano) e, mais recentemente, o bairro de iniciativa camarária;
Que o Plano Director Municipal de Oeiras prevê a existência de um corredor verde classificado como Espaço natural e de Protecção, conferindo a esta zona uma preocupação ambiental particular;
Que ausência de um Plano Integrado, que previna a defesa do património construído e natural, não facilita o desenvolvimento harmonioso do território, nomeadamente quando se prevê crescimento urbano a jusante e a montante do Vale;
Que a orografia do território cria particulares problemas de acessibilidade e mobilidade, agravados pela ausência de um eficaz sistema de transporte público;
Que a ausência de estruturas locais no campo social, desportivo e comercial dificultam a vida dos seus habitantes, em particular das crianças e idosos;
Que não obstantes os esforços iniciais das cooperativas de habitação são escassos os equipamentos de proximidade, quase reduzidos a cafés;
Que a população dos aglomerados em torno e no Vale é já deveras significativa para justificar uma intervenção das entidades a quem compete uma gestão adequada do território, nomeadamente a Câmara Municipal de Oeiras;
Que existem compromissos formais da Câmara Municipal de Oeiras no sentido de serem financiados equipamentos no Vale da Terrugem em substituição de outros não realizados no Alto do Lagoal (polidesportivo).
Esta Assembleia Geral delibera mandatar a Direcção eleita para dar sequência aos esforços iniciados há cerca de cinco anos por moradores locais que visaram a defesa dos interesses dos moradores, em geral, e a requalificação dos bairros, em particular. De igual modo mandata a Direcção eleita para orientar as suas actividades pelos objectivos gerais contemplados nos Estatutos agora aprovados e, em particular, pelos objectivos específicos que se enunciam a seguir:
a) Apoiar ou promover iniciativas no âmbito cívico, social, recreativo, lúdico, desportivo e cultural;b) Servir de interlocutora, perante os organismos públicos ou privados, com vista à obtenção de benefícios relacionados com o seu escopo social;c) Promover ou fomentar o intercâmbio cultural e desportivo com outras organizações;d) Pugnar pela criação de equipamentos sociais, culturais e desportivos;e) Promover ou cooperar com outras organizações, públicas ou privadas, em todas as iniciativas abrangidas pelo seu objecto social;f) Publicitar, através de informação periódica, com recurso a folhetos e às novas tecnologias da informação, as iniciativas e actividades promovidas pela Associação.
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