O nosso Concelho tem o privilégio de possuir duas áreas de “vazios planeados” (expressão da Drª. Teresa Marat- Mendes, cf. Actas da CMO) identificados como quintas de recreio e produção agrícola. Falamos da Quinta do Marquês de Pombal e da Real Quinta de Caxias.
A Quinta Real de Caxias está situada na margem esquerda da Ribeira de Barcarena, perto da foz. Confronta a Sul com o Forte de S. Bruno e o Forte de N.S. do vale (destruído quando na construção da marginal). A Norte confronta com o antigo Convento da Cartuxa. No século XVIII, o irmão de D. João V, D. Francisco, inicia a construção da Quinta e do Jardim Le Notre (cf. Branca Colaço). As obras só estariam acabadas na segunda metade do século XIX, depois de sucessivas incorporações de propriedades vizinhas.
Com a integração dos bens da Casa do Infantado nos bens da Coroa, o Palácio é adoptado como residência de Verão da Família Real. Por lá passaram D. Miguel, D. Maria II e D. Fernando, D. Luís. A casa de Massarelos, contígua, passaria a ser a residência principal, depois de adquirida pela Casa Real. Estava a nascer a época balnear, iniciada pela aristocracia e seguida pela burguesia nascente. O Palácio, pertença do Ministério do Exército, de que apresentamos imagens (em cima), de dimensões reduzidas e em avançado estado de degradação, apresenta uma fachada coberta de azulejos.
Esperamos que, na sequência do protocolo celebrado entre a CMO e o Ministério da Defesa, também a parte restante da Quinta, incluindo o Palácio, possa ser objecto de requalificação e aberta à população. Também gostaríamos de ver voltar a correr água no aqueduto que desde Queijas, já matou a sede a jardins, hortas, pomares, casas populares e senhoriais.
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