Em dois dias consumou-se a "poda" indicada no aviso camarário (post anterior). É possível que algumas das árvores sofressem de patologias diversas. Outras, no entanto, pareciam vigorosas (ver troncos). Pelas diferentes larguras dos tronco parece-nos que a sua plantação não foi simultânea. Provavelmente algumas já haviam sido substituídas por qualquer razão que desconhecemos. Ao que nos disseram, ali irão ser colocadas outras árvores que não as amoreiras.
Sentimos-nos tristes e impotentes para salvar seres vivos que mereciam morrer de pé. Disseram-nos que os seus ramos podiam cair em cima de carros que ali estacionam e que era um incómodo para moradores em época de frutificação (as amoras são pretas e caiem no chão). Mas também nos disseram que as crianças das escolas ainda ali iam colher folhas em época de bicho da seda. Também nos disseram que a sua copa era linda e frondosa no Verão, deixando entrar o Sol no Inverno, já sem folhagem.
Não nos disseram, mas adivinhamos, que veio mesmo a calhar - o condomínio vai erguer-se e aqueles empecilhos, ainda por cima velhos, estavam ali a estorvar.
Não obstante o argumento das "patologias" (outros com mais saber poderão pronunciar-se) não acreditamos que à Divisão de Espaços Verdes da CMO seja indiferente a situação. Temos ouvido os tècnicos da CMO, pessoalmente e em palestras, pronunciarem-se sobre o seu «métier» com enlevo. Não sabemos o que poderá significar ser a amoreira uma das árvores protegidas em Oeiras (ver edital em post anterior). Gostaríamos que as ONGs. ligadas ao ambiente (algumas foram contactadas) se interessassem por este assunto, não obstante o facto consumado.
Por fim, gostaríamos de ter a esperança de ver amoreiras plantadas em Caxias (quem sabe se na Quinta Real em processo de requalificação) visto que pensamos serem estas as últimas da nossa freguesia. Quem sabe se o "espírito" da floresta, ou os responsáveis autárquicos nos ouvem?
Nota: Simultâmente, como dissemos em post anterior, foram retiradas todos os plátanos (muitas dezenas) junto à Ribeira de Barcarena, em Caxias, porque prejudiciais à saúde de muitos moradores. De há muito sabíamos que o seu fim estava anunciado. Comprendemos até a necessidade dessa opção, ainda que não compreendamos porque foi aquela espécie ali plantada. Porém, julgámos que a sua retirada seria faseada para evitar o impacto sentido por moradores que não sofrem de alergias e gostavam de ver ali vegetação.
2 comentários:
Tudo o que foi feito é o mais facil e ao encontro dos interesses de alguem, enfim é o que temos na gestão deste pais.
Mais nada a comentar a não ser que estes actos demonstram falsidade, compadrio e interesses.
O que respondeu a CMO?
Não têm explicações a dar?
O Presidente da Junta saberá os motivos.
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