Tivemos ontem a oportunidade de ouvir uma interessante palestra do Dr. Ricardo Branco, especialista em matérias de património e do seu restauro, que abordou a temática da "Arquitectura Barroca Nacional" centrada nesta edificação quase intacta desde a sua edificação, não obstante o terramoto de 1755.
A autoria da obra é atribuída ao Arquitecto Real João Antunes (1642-1712), também autor da Igreja de Santa Engrácia (actual Panteão). Mandada edificar por D. João V, esta igreja foi sagrada em 1737, data em recebeu a imagem milagrosa do Menino Deus da Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco de Xabregas. A frontaria nunca foi concluída, faltando-lhe o remate de frontão e das torres campanário. No interior encontramos um "verdadeiro espectáculo da obra total do Barroco". O espaço interior (grande salão), de forma oitavada, tem as paredes integralmente revestidas de pedra com embutidos de pedraria de várias cores. A talha dourada está limitada aos retábulos de oito altares com pinturas de André Gonçalves e de André Ruvira. O retábulo da capela mor é da autoria do italiano João António Bellini, de Pádua. Na capela mor podemos observar telas de Vieira Lusitano e do italiano Francesco Pavona. O tecto é obra de parceria, pintado em tromp - l´oeil, representa a ascensão de S. Francisco com as Virtudes.
Ao lado da Igreja foi edificado um convento para as Franciscanas Manteladas da Ordem Terceira de S. Francisco, de Xabregas. Neste local funciona hoje o Centro Social do Menino Deus, gerido pela congressão de S. José de Cluny.
Este repositório de Arte pode ser visitado bastando, para tanto, o contacto com as irmãs (porta ao lado da Igreja) ou uma chamada telefónica (ver post anterior) para grupos organizados.*
* Este texto foi obtido a partir de informação distribuída no local.
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