O Blog do Movimento de Moradores do Alto do Lagoal e Vale da Terrugem

Ponto de encontro e mobilização dos habitantes do Alto do Lagoal e Vale da Terrugem dirige-se, também, a todos os interessados pelas questões da cidadania e melhor qualidade de vida.
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

QUINTA REAL DE CAXIAS EM PERIGO?



"30 edifícios das Forças Armadas à venda
Decisão foi tomada em conselho de ministros
Cerca de 30 edifícios das Forças Armadas, entre quartéis, terrenos e palácios, vão ficar à venda. A decisão foi tomada esta quinta-feira em conselho de ministros, visando atender às necessidades do fundo de pensões das Forças Armadas.
Ficaram ainda mandatados os ministros da Defesa Nacional, Aguiar Branco, e das Finanças, Vítor Gaspar, para «poder indicar outros imóveis» a vender.
«O mecanismo de rentabilização é a venda ou constituição de direito de superfície por hasta pública ou negociação nos termos da lei», explicou o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Marques Guedes, em conferência de imprensa no final da reunião.
O objetivo é «gerar receita passível de colmatar as necessidades de curto prazo, que a descapitalização do Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas tem vindo a evidenciar», cita a Lusa.
Questionado sobre qual é a estimativa de encaixe, Marques Guedes disse não ter conhecimento desses dados, referindo apenas que «dependerá da recetividade do próprio mercado».
Da lista, divulgada aos jornalistas, fazem parte o palácio e quinta de Caxias, em Oeiras, palácio e quinta da Alfarrobeira, Lisboa, quartel de Penafiel, quartel da Azeda de Baixo, Setúbal, quartel de Sá, Aveiro, quartel da Lapa, Figueira da Foz, prédios habitacionais e terrenos.
Recorde-se que, já em setembro, o Governo decidiu libertar-se Portugal de
património «desactivado» em várias cidades do mundo para arrecadar 22 milhões de euros."
 
NOTA: As duas imagems em cima reportam para a Planta da Quinta Real de Caxias (de 1844). Assim permaneceu, apesar de degradada, sendo dividida por dois ministérios, na primeira metade do século passado, após deixar de ser pertença da Casa Real.  A antiga Casa de Correcção, sediada ainda no tempo da monarquia na Cartuxa de Laveiras (depois de desafecta à Igreja, enquanto convento) tinha em parte da Quinta a sua área de produção (tutela do Ministério da Justiça). Já a outra parte, herdeira da sede do Governo do Campo Entrincheirado de Lisboa (Forte de D. Luis ou de Caxias), está sob a tutela do Ministério da Defesa.
Esta notícia deixa-nos apreensivo. A Câmara sempre manifestou interesse em juntar esta parte ao conjunto que administra. Mas fala-se aqui de venda. O que irá suceder em tempo de crise? Aquele espaço e o Palácio Real formam uma unidade - a Real Quinta de Caxias, sem o que a memória e o Património terão tudo a perder.

Imagem parcial do Palácio Real de Caxias


5 comentários:

Anónimo disse...

O saloio de Miradela deve estar satisfeito, já lá pode instalar o Lidl o Centro Comercial e as bombas
de gasolina.
Para quê defender o Património?

ALTO DO LAGOAL E VALE DA TERRUGEM disse...

<nós ainda podemos ter uma palavra a dizer!!!

Anónimo disse...

O tino apenas disse que isso era uma possibilidade.

Não disse que ia mesmo para a frente.

Rui Teodósio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Teodósio disse...

Vamos unir forças e lutar contra este absurdo? Tenho um blogue local e uma pagina no Facebook e já estou a mecher-me para mover vontades contra esta venda, seria interessante fazermos uma campanha conjunta contra este verdadeiro crime contra o nosso património e tentar alterar esta decisão

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